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sexta-feira, julho 03, 2015

Entre Rolas e Autópsias [nós]

Entre rolas e invasão de privacidade mesmo depois de falecido, percebemos a falta de humanidade na sociedade atual e também o quanto a ideologia de liberdade de expressão confunde-se facilmente com falta de respeito.

Após receber duras criticas de Silas Malafaia, o jornalista Boechat, da rede Bandeirantes, proferiu uma das mais recentes pérolas da nossa mídia podre: Vai procurar uma rola. Tal provérbio foi disseminado pelas redes sociais como uma forma de lavar a alma, ou a honra, ou até a mesmo a luta dos homossexuais pela garantia dos seus direitos fundamentais como cidadãos, tão contestados pelo pastor.

Mas, foi exatamente nisso que o jornalista deu um tiro no pé na luta LGBT em nosso país, pois a expressão “procurar um rola” nada mais fez do que denegrir, assim como xingamentos e piadas a respeito, a identidade sexual de muitos em nosso país.

A expressão utilizada em nada auxiliou na luta pelos direitos de todos, pelo contrário, apenas gerou mais e mais discurso de ódio por todos os lados; não é possível que alguma parcela da população ainda acredite que esse tipo de postura seja digna de aplausos.

Pensando bem, não é de se duvidar que acreditemos que tais ofensas sejam positivas, afinal nem os mortos conseguimos respeitar mais, nem as fatalidades passam em branco do nosso esgoto branco, que são nossas redes sociais e rodas de conversa. Nós criamos uma rotina de pão e circo dentro de nossas próprias casas através das mídias e nem percebemos isso.

A cultura de que podemos falar o que quiser, onde quiser e como desejamos afasta o senso critico, tão necessário, de nossas mentes, há alguns num acidente, como tantos outros em nosso país, duas vidas foram ceifadas: Cristiano Araújo e Allana Moraes, até então, mais um tragédia envolvendo um artista, na qual a mídia executaria bem seu papel de urubu.

Contudo não está sendo mais necessário que a mídia aberta cumpra este papel, pois nós mesmos o realizamos: eis que o vídeo da autopsia da cantor falecido foi distribuído e compartilhado por milhões nas redes sociais mais variadas, mais um exemplo clássico de como nos importamos com nossos semelhantes.

Sem contar que, esses tipos de vídeos relacionados a acidentes perturbam a paz de familiares de acidentados todos os dias, este caso especifico apenas trouxe à luz um hábito de muitas e muitas pessoas por aí...

Não importa o que diz a home Page do ser supremo FaceBook, nós não podemos compartilhar o que quisermos.

Beijos no cérebro.


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