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sábado, fevereiro 21, 2009

Mariana




Era uma vez um garoto que não conhecia o Mar...
Esta historia começa exatamente como aquela daquele garoto que não conhecia o mar ...


Mas é outra
Já é outro garoto, já é outro o Mar ...


Era estranho, porque todos os outros garotos se preocupavam e se ocupavam de coisas próprias de garoto, mas ele, alem destas coisas comuns aos garotos, sempre sonhava com o dia em que conheceria o Mar, era um desejo silencioso, pois parecia que nenhum outro garoto desejava (como ele) conhecer o Mar ... desejava que não fosse muito velho, pois gostaria de brincar com o Mar, e ter energia para agüentar com um sorriso, suas adversidades, sempre preparou seu espírito para aquele momento, ainda sim sentia um frio na espinha, mas era um frio na espinha bom, quando pensava no dia em que conheceria o Mar.


Desejava sentar – se ao lado do Mar, e conversar com ele, contar segredos, ouvir o que o Mar havia feito naquele dia, quais praias havia banhado com suas calmas águas, confidenciar, na verdade desejava ser um só com o Mar, e sabia que para isso iria abdicar de muitas coisas, mas não importava ... havia o sonho ...


Eis que um dia, após cruzar montanhas e desertos, encontros e desencontros, sambas e mpb’s, ele se depara com o Mar, tão sonhado, tão desejado ... atônito resta- lhe apenas uma ação: Mergulhar.


Ser um com o Mar.


Um Mar tão pequeno e tão imenso.
Tão limitado e tão representativo.
Tão tranqüilo e tão inquietante.


Um verdadeiro Mar ...


O Mar


Mariana.


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Algumas pessoas disseram para eu descrever o que senti quando minha filha nasceu, na verdade é uma missão difícil para mim, pois na verdade ainda não sei o que senti, mas meu estado se reflete bem no fato de eu ter demorado quase 15 (quinze) minutos para escrever “nasceu” (são 2 minutos para cada letra e os outros 3 minutos para clicar em ‘enviar’) e enviar esta mensagem so meu celular para o da minha irmã que aguardava com as famílias do lado de fora do hospital. Mas quando a enfermeira chamou pelo meu nome é como se tudo começasse a passar em câmera lenta, a impressão que eu tive é que eu nunca ia conseguir chegar onde ela estava com minha filha, e quando a enfermeira colocou aquele pequeno ser em meus braços, eu não me senti mais, é como se eu estivesse sonhando, ou algo assim, desculpem, mas não dá mesmo pra definir.

Bjs no cérebro.
Sdds.