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domingo, junho 19, 2011

Qual o papel determinado para as Mulheres?

++ Já fazia um tempinho que não deixava minha próprias ideias aqui no blog ++

Ainda antes do “dia dos namorados” comecei a perceber algo extremamente incomdo, mas achei que pudesse ser apenas uma sensação minha e não uma realidade, sensação esta que confirmou – se como uma realidade ao ver uma propaganda-promoção de sabão em pó na TV, estou falando da maneira como a mulher é vista na mídia.

Antes do dia dos namorados em todos (todos) os programas de variadades aparecem as pessoas que tomam atitudes bizarras para conseguir um companheiro, e não passar a data desacompanhados, mas um detalhe chama a atenção, é  fato de que os entrevistados eram mulheres, somente mulheres.

Mostrando um quadro débil em que as  mulheres são desesperadas para encontrar um provedor, e o homem aguarda pacientemente e de maneira superior escolhe sua fêmea que vai servi – lo.

E pobre do homem que for visto fazendo alguma simpatia ou artimanha para conquistar uma mulher nesta época do ano, logo é rotulado como “viado”.

Isso sem contar que nenhuma propaganda de produtos de limpeza, panelas, utensílios domésticos é feito com a presença de um homem, nem mesmo para formar um casal, isolando estes serviços como exclusivos das mulheres, os homens irão aparecer nas propagandas comerciais de antenas de TV...

Isso tudo causa uma conseqüência na consciência coletiva que vai alem do que podemos imaginar, criamos a idéia de que as pessoas pertencem a lugares pré – determinados. Homem na sala assistindo SKY e mulher sujeitada as intempéries da vida diária.

Muito se diz que a mulher vem ocupando seu espaço no mercado de trabalho, que a força feminina vem aumentando, mas ainda está muito abaixo do que somos informados na TV.

Sempre assistimos como as mulheres lutam por este espaço, o que não percebemos é que a maioria das mulheres que consegue seu lugar por direito, ainda consegue em serviços que são considerados básicos, e ganham pouco, porque nos empregos que pagam melhor, e que são mais “confortáveis” o numero de mulheres ainda é bem menor do que o numero de homens, ou seja, as mulheres ainda são minoria nos cargos de maior valorização profissional e melhor remunerados.

Este quadro não muda, ou muda lentamente, mesmo sabendo que as meninas tem melhores notas do que os meninos nos ensinos fundamentais e médios, e são maioria nas universidades.

Enfim, essas poucas mulheres que já conquistaram um espaço real e merecido na sociedade devem lutar para a mudança do discurso mediático para que realmente ocorra uma mudança em nossa sociedade.

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Hoje dia 20 de Junho, li está notícia que nos principais portais do mundo, que confirma minha postagem de ontem ...


Justiça americana rejeita ação coletiva de mulheres contra Wal-Mart

Publicado em 20.06.2011, às 17h57


A Suprema Corte de Justiça dos Estados Unidos rejeitou nesta segunda-feira uma ação coletiva de mais de 1,5 milhão de funcionárias e ex-funcionárias do Wal Mart, que acusam a gigante de distribuição de discriminação salarial contra as mulheres.

Em uma das decisões mais esperadas do ano, a maior instância judicial do país estimou que cada uma dessas mulheres não podia ter sofrido a mesma discriminação que as outras.

A questão era extremamente sensível, dado que se a Corte aceitasse a petição das demandantes, a maior demanda coletiva da história teria podido seguir seu curso com a possibilidade de um ressarcimento astronômico.

Ao rejeitar a ação coletiva, os nove juízes do alto tribunal limitam a demanda das dispõem as mulheres, que reclamam ter recebido salários muito menores e terem se beneficiado de menos promoções que seus colegas masculinos.

"Sua ideia básica é que há no Wal-Mart uma 'cultura corporativa' forte e uniforme e que uma de suas características é a discriminação contra as mulheres, que permearia, talvez subconscientemente, as decisões de cada um dos milhares de gerentes da empresa, que agem com discrição, fazendo de cada mulher da companhia uma vítima de uma prática discriminatória comum", disseram os juízes na decisão.

No entanto, indicaram que a única evidência convincente que as demandantes puderam apresentar é que a política do Wal-Mart é dar discricionariedade aos supervisores sobre os assuntos de emprego.

"Isto é exatamente o contrário de uma prática de emprego que daria a uniformidade necessária para uma ação coletiva; é uma política que vai contra as práticas uniformes de emprego. Também é uma forma muito comum e presumidamente razoável de fazer negócios", completou a decisão.

"Sem nada que sustente as razões alegadas, é impossível dizer que a análise das reclamações daquelas que formularam a ação coletiva produzam uma resposta comum à questão crucial de por que foram desfavorecidas", indicou.

O Wal-Mart - o maior empregador privado dos Estados Unidos, país onde conta com 3.400 sucursais pelas quais passam dezenas de milhões de clientes todas as semanas - impugnava a possibilidade de que todas as mulheres que tenham sido suas empregadas desde 1998 possam demandar a empresa sob as mesmas acusações.

A ação original data de 2001, quando seis funcionárias do Wal-Mart apresentaram uma ação por discriminação, afirmando "receber salários menores que os homens em postos comparáveis, apesar de uma melhor qualificação e mais tempo de casa".

Em 2007, um tribunal de São Francisco (Califórnia, oeste) habilitou em primeira instância ação coletiva de cerca de 1,5 milhão de mulheres. Essa decisão foi confirmada em abril pela Corte de Apelações de São Francisco por uma estreita maioria de seis votos contra cinco.

Os advogados das demandantes argumentaram diante da Suprema Corte que as mulheres que trabalham no Wal-Mart representavam dois terços de seus funcionários, mas que apenas uma fração tinha cargos gerenciais em alguma sucursal.

Também afirmaram que em quase todas as categorias trabalhistas as mulheres ganhavam menos que os homens, apesar de a maioria ter trabalhado mais anos na companhia que suas contrapartes masculinas.

"Apresentamos o caso desta forma, porque estamos desafiando práticas discriminatórias da empresa. O Wal-Mart discriminou constantemente as mulheres em cada uma das regiões nas quais esta realiza negócios neste país", disse o advogado das demandantes, Joseph Sellers.

Mas durante os depoimentos, os juízes mostraram-se céticos e questionaram se as políticas do Wall-Mart eram suficientemente uniformes para permitir uma única demanda de 1,5 milhão de mulheres.

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